A Polícia Federal identificou o cofre em nome da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novas diligências secretas realizadas ao longo desta semana. Dessa vez, o alvo foram presentes e joias raras recebidos por Lula durante encontros oficiais com chefes de estado. Os bens estão guardados em 23 caixas lacradas numa agência do Banco do Brasil, localizada no centro de São Paulo, desde 21 de janeiro de 2011, mês em que Lula deixou o governo.
O pedido da nova busca e apreensão ocorreu após os policiais encontrarem na residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, um documento intitulado “Termo de Transferência de Responsabilidade (Custódia de 23 caixas lacradas)”, datado de 19 de março de 2012. No material, consta a informação de que os bens estão sob a guarda da mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, e de seu filho Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha. Entre os responsáveis pela entrega dos presentes na agência está Rogério Aurélio Pimentel, assessor especial do ex-presidente, apontado como suspeito de ter bancado despesas da reforma do sítio em Atibaia, São Paulo, frequentado ao menos 111 vezes por Lula.
Entre os 132 objetos encontrados, classificados como joias e obras de arte, estão medalhas, moedas, comendas, espadas, adagas, escultura, entre outras peças que Lula ganhou em suas viagens para diversos países, do Chile à Ucrânia. A PF precisou de dois dias para analisar 186 itens. Desde janeiro de 2011 até hoje, “o material não foi movimentado ou alterado”. De acordo com o relatório da PF, o gerente da agência Sérgio Ueda disse ainda que “não há custo de armazenagem para o responsável pelo material”.
Uma parte dos pertences de Lula retirados do Palácio do Planalto, do Palácio do Alvorada e da Granja do Torto estava armazenada em 10 contêineres ao custo de R$ 1,2 milhão. Essa despesa foi arcada pela construtora OAS, segundo a PF. Com informações da IstoÉ.
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