O governo da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou na manhã desta quinta-feira (3) que o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), feita nesta quarta pela Câmara dos Deputados, é “golpismo” e defendeu que o Brasil precisa de “união, diálogo”.
O líder petista repudiou o que considerou “essa absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. “Gerações lutaram para que tivéssemos plena democracia política, com eleições livres e periódicas, que devem ser respeitadas. O processo de impeachment, por sua excepcionalidade, depende da caracterização de crime de responsabilidade tipificado na Constituição, praticado dolosamente pelo Presidente da República. Isso inexiste no atual momento brasileiro”, avaliou.
Para o líder baiano, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), decorreu de propósitos “puramente pessoais”, em “claro e evidente desvio de finalidade”. “Em vez de golpismos, o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda”, defendeu.
Na manhã desta quinta, Rui Costa foi ao 4° Encontro Estudantil na Arena Fonte Nova. Em conversa com o Bocão News, o governador repudiou o ato do presidente da Câmara Federal. “O presidente Cunha disse por diversas vezes que se o PT votasse com ele no Conselho de Ética ele não acolheria o pedido de cassação de Dilma Rousseff. Como o PT disse que não ia ser cúmplice e votaria pela abertura do processo contra Cunha, ele ato contínuo fez isso”, acusou.
Para Rui Costa, os partidos, independentemente de ser governo ou oposição, e o Supremo Tribunal Federal (STF), não vão ficar de joelhos para Cunha. “A minha convicção é que todos os partidos, independentemente de ser governo ou oposição, e o STF (Supremo Tribunal Federal), não vão ficar de joelho para quem foi descoberto com recursos no exterior e por alguém que foi descoberto cometendo crimes de várias naturezas”, defendeu.
Por David Mendes.
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