Da seleção do local até a estrutura de montagem, nenhuma escolha referente ao Festival Virada Salvador foi ao acaso. Segundo Giuseppe Mazzoni Filho, arquiteto e parceiro da Empresa Salvador Turismo (Saltur) na criação da estrutura do evento, a elaboração de cada detalhe foi feita seguindo um conceito inspirado na baianidade e com o objetivo de consolidar Salvador com um destino para as festas de fim de ano.
“O conceito é fazer uma grande festa de Réveillon. O local tem a capacidade de um público grande e o grande objetivo era de entrar hoje na linha dos Réveillons que estão acontecendo no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Pernambuco. O objetivo também é consolidar Salvador como o destino para as festas no final de ano, fazendo as pessoas se deslocarem para poderem ir para um evento de porte”, destaca Giuseppe.
Para conseguir alcançar o objetivo, os 90 mil metros quadrados do Parque dos Ventos foram escolhidos como local para a montagem de dois palcos (Palco Virada e Palco Brisa), espaço para brinquedos, Arena Gamer, feirinha, área de fast-food. Nessa área, também haverá a estreia de duas grandes novidades: um trio elétrico e uma passarela, que vai ligar o trio ao Palco, possibilitando que os artistas interajam.
Diferente do ano passado, quando o Palco Virada tinha um conceito ligado à física, focado no movimento nas ondas e contando com uma cenografia estática, Giuseppe aponta que o conceito do palco neste ano é voltado para os elementos que identificam Salvador e a Bahia. Para dar esse enfoque, os 600 metros de LED instalados no palco são o grande segredo.
“A nossa provocação é trazer imagens e nossa ideia é trazer uma coisa digital. Nós segmentamos o painel de LED, porque está se usando muito esse painel de LED, mas eu acho muito monótono quando se tem um grande painel e fica passando só os artistas. Então, fizemos uma segmentação da transmissão. Vai aparecer o artista, mas temos dois outros campos que vão receber conteúdos digitais”, diz.
Os artistas terão liberdade para enviarem seu próprio conteúdo digital, se assim desejarem. Quando não, o destaque do painel estará nos elementos da baianidade. “Nós pensamos em trazer a riqueza da nossa terra, coisa de bom gosto, às vezes imagens em preto e branco, imagens, fotografias e cenas de paisagens de Salvador. Outro elemento é agigantar isso, é criar o inusitado. Quer dizer você, ao pegar esse painel de 13 metros de altura e botar um elemento simples, como um colar de baiana, [a ideia é] fazer esse colar ter 13 metros de altura. Isso cria um impacto e a gente quer exatamente fazer essa provocação sensorial”, enfatiza.
A Secretaria de Comunicação de Salvador (Secom) foi procurada para explicar o conceito por trás das cores e design da marca da 10ª edição do Festival Virada Salvador, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.
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